Nessa postagem, nossa proposta visa trazer a utilização de recursos disponíveis em sala em sala de aula como auxílio na utilização de temas transversais e conteúdos da própria geografia. A geografia, por ser uma disciplina ampla, pode-se trabalhar com variadas temáticas transversais partindo dela mesma. Nas imagens disponíveis, focalizamos a bacia do rio Piauí e alguns números da bacia costeira relacionando-os com os indicadores de qualidade ambiental de alguns municípios próximos a foz (baixo curso). As imagens foram utilizadas da maquete geológica do estado de Sergipe, na qual possui como tema as bacias hidrográficas e a altimetria. Localizada na sala de Geologia, onde cursamos a disciplina de Laboratório de ensino da geografia, improvisamos esse recurso utilizando o rio Piauí como recorte da maquete para debate. Ainda na própria instituição consultamos o site do IBGE no laboratório de informática para montamos a tabela de Saneamento básico e destino do lixo.
Bacia hidrográfica do rio Piauí (Em cor marrom)
Maquete Geológica: Prof. Pacheco (DGE) Org
Fotos e alteração de imagem: Marcus e Miguel.
Nos dados coletados no censo de 2000, apenas 3,8% dos banheiros possuem ligações direta com a rede de esgoto, uma média baixíssima nos seis municípios na tabela acima. Esse material que não foi direcionado a rede de esgoto, foi em sua maior parte jogado em fossas rudimentares ou procedido de forma inadequada em termos de saneamento. Tornando preocupante esse indicador devido à relação ao abastecimento de água de poços, nascentes e etc. Se não existe uma forma adequada de procedimento ao esgoto, a água destinada ao consumo pode ser facilmente contaminada nessas condições.
Outro indicador a ser citado é o destino do Lixo, apenas 18.393 (46,8%) dos domicílios da bacia possuía coleta de lixo no ano de 2000. Isso implica que 53,1% do destino do lixo é ser queimado, enterrado, jogado em terreno baldio, logradouro, rio, lago, ou mar ou possui algum outro destino provavelmente impróprio. Dentro desse quadro percentual, os municípios de Santa Luzia e Itaporanga possuem os Maiores indicadores, 75,3% e 61,6% respectivamente.
Nesse caso, o saneamento básico e destino do lixo possuem indicadores negativos a população. O quadro de indicadores de qualidade ambiental abordado, aponta elementos fundamentais que interferem nível de qualidade de vida das pessoas. Dessa forma, para garantir saúde e boas condições de moradia, o poder público deve investir na infraestrutura de saneamento básico e saúde, que estão diretamente relacionados, assim, atendendo as necessidades da população.
Não só analisando os números, abre-se um leque de debates para questionar nosso papel diante dessas informações que interferem na vida de todos, podemos questionar em sala de aula como nos comportamos em relação aos lixos onde jogamos. Para onde vai à água do esgoto onde utilizamos em casa? Como o poder público se comporta diante dessa realidade, como nos relacionamos com o mesmo poder público? Como nós observamos o outro quando se trata dessas questões. Explicando também que toda a água escoada pela superfície na terra que não evapora ou infiltra (onde estão os poços de consumo levando os degetos jogados), escoa em direção ao rio, sendo pouco seu recurso no planeta concluindo em apontar saídas em benefícios a todos.
Nessa atividade, tivemos o objetivo de focar nos recursos na sala de aula (a maquete). Também na própria escola ou instituição (caso tenha laboratório de informática disponível) para busca de dados do recurso anterior. Propondo assim, uma atividade e debate sobre o exemplo da bacia hidrográfica e do meio ambiente em questão.
